top of page

Tempo para liberação de cargas no Porto de Santos aumenta e gera risco de falta de produtos

A liberação de cargas no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, passa por uma lentidão desde o início de uma operação-padrão promovida por auditores da Receita Federal. Mercadorias importadas que antes levavam entre 48h e 72h para serem liberadas agora enfrentam uma demora de aproximadamente 20 dias. O envio de cargas para o exterior também foi afetado - o prazo de até dois dias passou para quase 30. O resultado é o acréscimo no valor dos produtos, ou até a falta deles no mercado.

“A questão é que, no caminho que está indo, não terá nenhum produto. Por exemplo, as linhas de fogões estavam praticamente paradas, pois os insumos estavam no Porto. Sem fogão, não dá nem para discutir preço, pois não terá a mercadoria”, afirma o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (SindiFisco) de Santos, Elias Carneiro. Carneiro acrescenta que não vê uma “luz no fim do túnel”, caso as demandas da categoria não sejam atendidas pelo Governo Federal. “A situação vai se agravar ainda mais. Alguns lugares que ainda estavam numa flexibilidade maior, após o ato público que fizemos, se radicalizaram. Isso vai gerar consequências graves para o comércio exterior”, analisa.


Lentidão no processo

O presidente da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros, Níveo Perez dos Santos, explica que os auditores fiscais, com a operação-padrão, fazem a conferência de poucos processos por dia. “Isso gera um acúmulo significativo e, por isso, o tempo [de espera] está aumentando”.

Perez também não está otimista em relação aos preços das mercadorias. “Vai ficar um absurdo, pois o valor da 'demurrage', que é o aluguel do contêiner e valor da armazenagem, vai encarecer demais o produto".

Reivindicações

Os profissionais da categoria reivindicam o pagamento de um bônus variável - firmado em 2016 -, a abertura de concurso público pela Receita Federal e o retorno do orçamento da Receita.

“Há cinco anos tentamos a negociação com os governos que 'passaram', Dilma, Michel Temer e, agora, o presidente Bolsonaro. Infelizmente, com este governo, está mais difícil ainda uma abertura de portas com diálogo”, aponta o presidente do SindiFisco Santos.

Procurada pelo g1, a Receita Federal informou que não se manifesta sobre greve ou mobilizações.





Fonte: G1

Comentários

Não foi possível carregar comentários
Parece que houve um problema técnico. Tente reconectar ou atualizar a página.
bottom of page