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Setor portuário aponta necessidade de transformação digital no TOC Americas



As inovações no comércio exterior passam pela transformação digital, com atuação em duas frentes: a proteção de dados e a agilidade nos processos documentais de envio e recebimento de mercadorias. Considerando que mais de 90% do comércio global passa pelo mar, portos inteligentes são cada vez mais necessários na nova era da tecnologia e sustentabilidade, assim como investimentos em segurança de dados. Esses temas permearam as discussões no encerramento do TOC Americas 2023, nesta quinta-feira (19), no Centro de Convenções do Panamá, na Cidade do Panamá.

Os painéis do último dia de evento abordaram assuntos relacionados aos seguintes temas: Habilitando a Interoperabilidade Digital, Digitalização do Comércio Marítimo e Transformação Digital e Inovação.

O empresário e sócio da T2S Tecnologia, Rodrigo Salgado, afirmou que um dos destaques do dia em terras panamenhas foi a cibersegurança. “Comparado com outras indústrias, como o setor financeiro, saúde e e-commerce, o setor portuário ainda é amador em segurança. Os terminais nem têm um time de profissionais dedicados”.

Salgado destacou ainda que outro assunto que chamou a sua atenção foi o uso de inteligência artificial (IA) em imagens. “Já existem grandes empresas globais que têm OCR (optical character recognition), que identificam placas de caminhões, números e tipos de contêineres, mas com o avanço da IA, os equipamentos (câmeras e iluminação) não precisam ser tão robustos. Uma câmera simples identifica com precisão, ou seja a IA está convertendo equipamentos físicos para mais lógicos (software)”.

O empresário e apresentador do programa Porto 360°, da TV Tribuna, Maxwell Rodrigues, fez uma síntese dos pontos-chave discutidos por empresários da cadeia de contêineres e tecnologia. “Aprendemos muito sobre equipamentos elétricos que são uma tendência para as operações portuárias, tecnologia, inovação e, no último dia, a grande preocupação com os dados, que são importantes para agilizar as operações portuárias nos portos do Brasil, da América Latina e do mundo”.

Rodrigues disse também que “outra grande novidade são as implantações de corredores verdes ao redor do mundo dentro da cadeia logística. Isso já vem sendo implementado na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia e é uma tendência para os próximos anos no Brasil e na América Latina”.

Automação

Para a diretora de assuntos jurídicos da empresa Svitzer, Vivian Carvalho, que participou do TOC Americas pela primeira vez, o saldo do evento foi muito positivo.

“Todos os painéis foram extremamente excelentes e atingiram a finalidade a qual se dedicaram, como as discussões sobre agenda verde e descarbonização, linkado com automação. O que me chamou atenção em um dos painéis foi que a automação tem que trabalhar a seu favor, ou seja, encontrar a melhor automação para o seu terminal, a que melhor se adapta ao seu terminal, à sua realidade e não o contrário”.

Sobre a agenda verde no setor portuário, Vivian não tem dúvidas ao afirmar que esse é o caminho a ser seguido no futuro.

“Ficou claro que todos têm que trabalhar na cadeia em conjunto, os fornecedores, os clientes, enfim, todos os envolvidos para que a gente consiga realmente atingir as metas em descarbonização, automação, de mudança de mentalidade nessa questão verde. Como a gente viu, a agenda verde requer investimentos, mas para um benefício muito grande não somente para a cadeia, mas para o mundo como um todo".

Contudo, a diretora de assuntos jurídicos da Svitzer observou que sentiu falta de mais brasileiros participando dos painéis.

“Nós exportamos muitos talentos, então, temos muitos conhecimentos do nosso país para compartilhar. A gente viu, aqui, pessoas de todas as nacionalidades juntas, discutindo temas que são comuns a todos no mundo inteiro. O Brasil precisa ter uma atuação mais ativa nesses fóruns porque tem espaço para isso”.













Fonte: A Tribuna

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