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Prático cai no mar, é resgatado e conclui operação em navio

O prático Fabio Mello Fontes, presidente da Praticagem de São Paulo, relatou no domingo, dia 21, em seu perfil no Facebook, que caiu no mar quando tentava embarcar em um navio prestes a entrar no canal do Porto de Santos (SP). Um acidente de trabalho a que esse tipo de profissional, responsável por orientar a navegação de navios em portos e canais de navegação, está sujeito. O que chama atenção nesse caso é que Fontes completará 85 anos em maio. E ele concluiu a operação no cargueiro.


Segundo Fontes, o fato aconteceu por volta de uma da madrugada de domingo, quando tentava subir a bordo do navio Cosco Shipping Danube. “Me desequilibrei na escada de quebra-peito e escapou a mão direta”.


O prático estava de colete, que inflou no contato com a água. Mas o acessório não conseguiria evitar uma tragédia que por pouco não aconteceu. Fontes ficou muito perto da hélice do navio.Ele contou que permaneceu uns oito minutos no mar e que o resgate foi “meio tenso”. Além de estar muito escuro, a lancha que o levava até o navio balançava bastante. Mas com o auxílio da tripulação, conseguiu subir na embarcação.


“Nessa situação de náufrago, o sujeito fica meio sem forças por alguns instantes. Assim fiquei eu. Me puseram sentado e o marinheiro Inácio, junto com o mestre Jorge, ambos fortes, me levantaram”, escreveu o prático.


São e salvo, Fabio Fontes se viu na obrigação de concluir o serviço para o qual foi designado. “Toca pro navio que vou embarcar molhado mesmo! Levem este equipamento e o meu celular para o CO (Centro de Operações). Eles saberão o que fazer. Quero embarcar”, disse ele à equipe da lancha da Praticagem. “E assim foi feito. Embarquei e me apresentei na ponte de comando, gelado e completamente molhado, e fiz o meu papel. Era o mínimo que me cabia. Cair no mar é contingência da profissão”, completou.


Fontes lembrou que navios com comprimento a partir de 300 metros requerem dois práticos. Assim, ele se juntou a um colega, que já estava a bordo quando sua queda ocorreu, e ajudou a conduzir a embarcação até o terminal da DP World Brasil, ao lado da Ilha Barnabé, na margem esquerda do Porto de Santos. “Foi duro permanecer encharcado e frio, por mais duas horas. Achei que fiz o certo, pois dever é dever. O molhado foi só um detalhe”.


Depois de toda essa aventura, ele disse que foi para casa, tomou um gole de uísque, um banho e foi para a cama. E só nessa hora vieram os efeitos do acidente. “Senti um pouco de dor na mão direita e no joelho esquerdo. No rosto, uma leve escoriação na maçã no lado direito. Na hora do fato, zero dor! Adrenalina é uma realidade”, escreveu o prático, que garantiu estar pronto para outra.


Não importa a idade


Ao responder para algumas pessoas que interagiram com sua postagem, Fabio Fontes garantiu que o acidente não teve a ver com a idade avançada. “Lembro aos amigos que é a minha quarta queda no mar. Nas outras três anteriores eu tinha menos de 40 anos! São riscos do ofício”.























Fonte: BeNews

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