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Prefeitos pedem conclusão de obras de infraestrutura nos acessos às cidades portuárias da Baixada

A conclusão das obras das duas avenidas perimetrais de acesso ao Porto de Santos e a construção da terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, ligando o Planalto à Baixada Santista, foram os principais pleitos dos prefeitos das três cidades portuárias da Baixada Santista durante o Seminário de Infraestrutura: Portos e Aeroportos, realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta terça-feira (23), em São Paulo. O encontro contou com a presença do vice-governador do Estado, Felício Ramuth (PSD), e empresários.

 

O vice-governador afirmou que o Estado está atento aos dois projetos de infraestrutura considerados estratégicos: terceira pista da Imigrantes e o túnel submerso Santos-Guarujá. “O governador Tarcísio de Freitas autorizou os estudos do projeto da terceira pista com o objetivo óbvio de diminuir o gargalo, principalmente da descida ao Porto de Santos. Além disso, estamos acompanhando, em conjunto com o Governo Federal, a situação da travessia seca, o túnel Santos-Guarujá”.

 

No entanto, além dessas intervenções, os prefeitos de Santos, Rogério Santos (Republicanos); de Guarujá, Válter Suman (PSDB); e de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), pedem a realização de obras pontuais que mitigarão os constantes congestionamentos nas entradas dos três municípios. Além disso, o chefe do Executivo cubatense defendeu a união de forças entre os prefeitos para solucionar as pendências.

 

“Cubatão passa por um processo de transição. Nós já fomos o maior polo petroquímico da América e hoje abrigamos os maiores operadores logísticos. Cubatão é uma cidade retroportuária que atende as margens Direita e Esquerda do Porto. Temos que pensar em conjunto uma boa logística para que os cidadãos não sejam afetados drasticamente. Deve-se trabalhar sistemicamente para minimizar todo o impacto das safras do algodão, do milho e da soja. São três vezes ao ano”.

 

Diante desse cenário, Oliveira observa que não adianta construir a terceira pista se os pontos de estrangulamento locais não foram resolvidos. “Estamos discutindo um problema organizacional de fluxo, não tem como enviar mais caminhões do que a capacidade de escoamento do Porto de Santos, senão nossas rodovias acabam servindo de pátios reguladores. Antes de pensar na terceira pista, que vai nos ajudar e muito, é preciso pensar nos ramais, interligações e binários que conectam essas cidades”.

 

Projetos metropolitanos

 

Com a palavra, Rogério Santos destacou a relevância dos projetos metropolitanos em estudos para a melhoria da mobilidade urbana e desenvolvimento socioeconômico dos municípios. “O Aeroporto de Guarujá é importante para o turismo, o turismo de negócios e também é fundamental para os negócios do Porto de Santos.

 

O prefeito santista também falou que o município tem potencial para desenvolver um parque industrial voltado à atividade portuária, assim como Cubatão e Guarujá. Outro assunto abordado no Lide foi o projeto do túnel do maciço, ligando as zonas Noroeste e Leste de Santos (leia mais na página A-8).

 

Por sua vez, o prefeito Válter Suman ressaltou o potencial de desenvolvimento de Guarujá para “ocupação portuária, retroportuária e o Aeroporto Civil Metropolitano”. Citou também o túnel submerso e as obras da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda. "O Porto, hoje, movimenta quase 30 mil caminhões por dia considerando Guarujá e Santos".

 

Suman também pontuou que “Guarujá tem uma margem de mais de 1,5 mil metros de Porto e mais de 4,5 milhões de metros quadrados de retroporto, que somam um grande potencial junto a Cubatão, Santos, iniciativa privada, Autoridade Portuária e Governos Estadual e Federal. Uma somatória de forças que beneficiará a população”.

 

Setor empresarial

 

O consultor para assuntos portuários do Grupo Tribuna, Maxwell Rodrigues, que participou do debate sobre os desafios logísticos, observou que “a terceira via é muito importante para as pessoas que querem acessar a Região Metropolitana, mas a gente precisa entender também como isso fica dentro do contexto portuário. Não adianta criar um grande funil para a nossa região e colapsar o trânsito mais do que está colapsado, principalmente para acesso ao Porto e às cidades de Santos, Guarujá e Cubatão”.

 

O presidente da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda, resumiu a importância da conclusão das perimetrais e a construção da terceira pista da Imigrantes. “Sem isso, não adianta ter os melhores terminais do mundo, porque a carga não vai chegar nem sair do Porto”.

 

Ele afirmou que os investimentos nos acessos rodoviário, ferroviário e aquaviário são essenciais. “O aprofundamento do canal de acesso, por exemplo, é uma discussão de longa data para que os navios New Panamax consigam entrar no Porto, pois representam redução significativa no frete marítimo, o que é um benefício enorme para o comércio exterior brasileiro”.

 

Aeroportos

 

O segundo painel do encontro discutiu sobre a nova era das concessões de aeroportos e os planos do Governo do Estado e da iniciativa privada. Sobre esse tema, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, destacou o incentivo fiscal do Estado para fortalecer o setor. “Reeditamos uma medida de benefício para as empresas aéreas em relação ao ICMS, garantindo a ampliação da malha de aeroportos e novos voos em aeroportos não atendidos”.























Fonte: A Tribuna

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