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Porto de Santos supera Arco Norte em volume de exportações de grãos

Pela primeira vez em quatro anos, o Porto de Santos (SP) superou os portos do Arco Norte em volume de exportações de grãos no fechamento de 2023 em relação a 2022. Os dados são da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura (CNA).


Os terminais do Norte do país exportaram 61,7 milhões de toneladas de soja e milho em 2023 ante 61,8 milhões do Porto de Santos.


Segundo a assessora técnica da CNA, Ângela Pereira Lopes, a diferença entre as exportações não foi tão expressiva (100 mil toneladas) se comparados os números de 2021 e 2022, quando a diferença do Arco Norte em relação a Santos foi de 5,5 milhões de toneladas. Para ela, a seca nos rios Madeira, Tapajós e Amazonas teve papel decisivo no resultado.


“Desde 2020, ele (o Arco Norte) já vinha ultrapassando o Porto de Santos. Mas em razão da seca que aconteceu nos rios e eventos naturais como o El Niño, uma parte da sua produção que seria escoada ali, principalmente pelo corredor do (Rio) Madeira, acabou sendo desviada para o Porto de Santos e também um respingo para o Porto de Paranaguá (PR)”, afirma.

Em 2023, a produção brasileira de grãos foi de 286,5 milhões de toneladas. O Arco Norte foi responsável por 197,5 milhões de toneladas (68,9%) da produção nacional, enquanto que o Sul ficou com 89 milhões de toneladas.


“Felizmente o Porto de Santos estava preparado para receber esses grãos. Se a gente analisar o quanto que foi movimentado em 2023 em relação a 2022, houve um aumento expressivo ali nos terminais que compõem o Porto de Santos. Passou de 46,8 milhões de toneladas em 2022 para 61,8 milhões de toneladas”, afirma.


Investimentos


O escoamento da produção é uma preocupação, já que esta cresce em torno de 7% ao ano. De acordo com Elisângela, investimentos em modais para escoamento são fundamentais para dar conta desse aumento. “A gente faz uma conta simples. A produção lá no Norte foi de mais de 10 milhões de toneladas e a exportação cresceu 3,9 milhões de toneladas, atingindo um déficit aí na casa dos 6 milhões de toneladas, que é mais ou menos a capacidade de um terminal portuário”, explica.


As concessões de hidrovias são um passo para profissionalizar as rotas dos navios, segundo ela.

“A gente costuma dizer que no Brasil não existe hidrovia. Existem rios em que a gente navega porque a gente não consegue ter essa movimentação de carga durante o ano todo. A hidrovia vai permitir você escolher o produto a qualquer momento, porque ela está pronta para isso. Ela tem toda uma infraestrutura de terminais de dragagem, tudo aquilo que proporciona a movimentação”, conclui.













Fonte: BeNews

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