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Parque Valongo terá linha turística hidroviária em Santos; Estado destinará R$ 14 milhões

O Parque Valongo, em construção na área dos antigos armazéns 4,5 e 6 do Porto de Santos, contará com uma linha turística hidroviária. A Prefeitura de Santos receberá R$ 14 milhões do Governo do Estado para a construção de um portinho no Bairro Caruara, na Área Continental. Ele será um ponto de embarque e desembarque de passageiros. O assunto foi abordado no Seminário de Infraestrutura: Portos e Aeroportos, realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta terça (23), em São Paulo.

 

“O Parque Valongo terá uma estação hidroviária que atenderá o turista de praia, mas também mostrará o nosso potencial riquíssimo de história e arquitetura. A ideia é embarcar o turista de praia no atracadouro do terminal da Ponte Edgard Perdigão, na Ponta da Praia, navegando pelo canal do Porto de Santos, avistando os terminais e a movimentação de navios, e desembarcando na região central, onde terá uma série de opções de passeios”, explicou o prefeito de Santos, Rogério Santos (Republicanos).

 

Ele ressaltou que o turista também terá acesso ao turismo ecológico. “A partir do Parque Valongo, será possível visitar Cubatão, Bertioga e Guarujá por hidrovia. Para conectar tudo isso, teremos ainda nesse ano, no orçamento estadual, um aporte de R$ 14 milhões para um portinho no Caruara. É uma comunidade de cultura caiçara, de muitos pescadores, e vamos trabalhar juto com eles, gerando renda na cultura caiçara. A linha turística engloba ainda o Circuito dos Fortes, em Bertioga e Guarujá, e fará conexão com o Aeroporto de Guarujá”, complementou Santos.

 

O prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), também defende a expansão do modal hidroviário na região. “A hidrovia é um modal novo, de menor custo e mais sustentável que tem que ser explorado”. Na mesma linha, o presidente do Lide Litoral Paulista, Jarbas Vieira Marques Junior, ressaltou que o momento é oportuno para aprofundar as discussões. “O Brasil é um país riquíssimo em hidrovias”.

 

Terminal de Passageiros

 

Rogério Santos revelou que o Governo Federal deverá sinalizar sobre a possibilidade de transferência do Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini, administrado pelo Concais, ainda neste semestre. Hoje, a infraestrutura para receber cruzeiros marítimos fica na região de Outeirinhos e a ideia é que, no futuro, os transatlânticos sejam levados ao Valongo.

 

“Já existe um estudo de viabilidade econômica, financeira e jurídica porque envolve uma concessão. Eu sei que o diálogo entre a Autoridade Portuária, o Ministério de Portos e Aeroportos e o concessionário está bem avançado e há todo um empenho do Município, inclusive, cedendo áreas para que o terminal possa ficar mais próximo da zona urbana, em área de interesse turístico, histórico e arquitetônico, no Centro Histórico de Santos”.

 

Túnel do maciço

 

O prefeito santista propôs ainda a retomada do projeto do túnel do maciço como uma alternativa de acesso a Santos aos automóveis e caminhões que trafegam em direção à zona urbana. O projeto consiste na ligação da Zona Noroeste à Zona Leste de Santos. "O túnel do maciço é uma alternativa de acesso aos veículos que vêm da Rodovia dos Imigrantes, ligando São Vicente a Santos".

 

A proposta do prefeito é segregar o tráfego portuário do urbano. “A Anchieta recebe diariamente mais de 25 mil caminhões, que chegam e saem do Porto de Santos. Se fizermos o maciço central bem na divisa entre Santos e São Vicente, teremos uma entrada para automóveis e caminhões urbanos. Essa é uma nova entrada da Cidade. É um túnel metropolitano, pode ser feito junto com o imerso, que abrirá um corredor de passagem na chegada de Santos para Guarujá. O túnel do maciço custa em torno de R$ 400 milhões”.

 

Túnel Santos-Guarujá

 

Em relação ao túnel submerso Santos-Guarujá, o prefeito espera que a União e o Estado entrem em um consenso sobre o projeto e mitiguem impactos na zona urbana.

 

“É uma questão de diálogo. A gente aguarda uma reunião do presidente Lula com o governador Tarcísio de Freitas para que haja essa participação conjunta entre os dois governos no projeto. Santos, Guarujá e Cubatão têm suas demandas, seus pontos estratégicos para que essa obra não cause impactos negativos nas áreas urbanas”.





















Fonte: A Tribuna

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