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Para implantar a Linha Verde, obras complementares são necessárias nas cidades da Baixada Santista

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Adalberto Ferreira da Silva, afirmou que a Linha Verde poderá representar uma alavancagem do ciclo econômico, "de novos empreendimentos, novas oportunidades, das questões ambientais, solucionando uma necessidade”. Contudo, Ferreira chamou atenção para obras complementares.

“Uma das premissas do projeto é fazer uma declividade menor do que 6%, facilitando a descida dos caminhões. Mas, ainda que desça e acesse a Cônego Domenico Rangoni, se continuar utilizando de quatro a cinco quilômetros da Anchieta e a Rua do Adubo (Rua Idalino Pinez), para acessar o Porto e os outros destinos, inclusive, turísticos, não adiantará absolutamente nada. É preciso contemplar nesse projeto uma nova alternativa de acesso, um complemento rodoviário em Guarujá e em Santos”.

Já o secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, Bruno Orlandi, ressaltou que, no caso da Margem Direita, além da nova pista, é imprescindível que o novo acesso ao Porto seja executado. Ele faz parte dos compromissos de investimento da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), "sendo que a Prefeitura tem manifestado que esse acesso deve ser prioridade absoluta".

"A ligação Suzano-Santos viabilizaria, além de um novo acesso entre o Planalto e a Baixada Santista, a possibilidade de desenvolvimento sustentável da região leste da Região Metropolitana de São Paulo e condições ainda mais favoráveis para a expansão de atividades portuárias, retroportuárias e industriais na Área Continental de Santos”.

Orlandi complementa que a Via Anchieta é antiga, com limitações geométricas e operacionais, já apresentando níveis preocupantes de serviço, sobretudo em períodos de safra, férias e feriados prolongados. "Novos acessos rodoviários para cargas contribuirão para melhorar a mobilidade urbano-portuária, a produtividade e competitividade das operações no Porto de Santos, além de favorecer a expansão de atividades econômicas e, consequente, geração de empregos”, complementou Orlandi.

Mestre em Direito Ambiental e especialista em Cidades Inteligentes, o professor de Arquitetura e Urbanismo da Esamc, Alessandro Lopes, afirmou que a implementação de uma terceira pista requer uma “intervenção bem agressiva” porque esbarra na questão ambiental, devido à Serra do Mar, porém, avalia que o projeto ligando o Planalto à Baixada Santista, a partir do Rodoanel, solucionaria os gargalos existentes hoje no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).

Lopes observou ainda que, construída, a ligação viária proporcionará valorização imobiliária e desenvolvimento econômico. “Ajudará tanto Suzano quanto a Baixada. Vai trazer progresso, mas também exigirá infraestrutura, como a instalação de pátios de estacionamento para caminhões e terminais logísticos. Com certeza, teremos áreas de condomínios logísticos e, aí, entra o Plano Diretor das prefeituras nessa questão ambiental".

Ele entende que haverá áreas supervalorizadas, aptas para a construção de terminais logísticos. "Envolve o mercado imobiliário, valoriza áreas, desafoga o trânsito e melhora a logística de caminhões. Áreas periféricas passam a ser um corredor comercial mais forte. Então, tem muita gente interessada, além do Poder Público”.













Fonte: A Tribuna

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