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Operadores de empilhadeira otimizam fluxo de cargas no Porto de Santos

Há três décadas, no início de 1993, Celso da Conceição dos Santos, hoje com 56 anos, resolveu trocar um banco pelo outro: o da instituição financeira pelo da empilhadeira. Foi uma indicação do cunhado. Ele aprendeu, virou operador do veículo, se apaixonou por ele e nunca mais largou.

O operador de empilhadeira é responsável por operar equipamentos de movimentação de carga diversos tipos; como equipamentos de pequeno e grande porte com o objetivo de carregar, descarregar, armazenar, empilhar e movimentar materiais de forma eficiente. Isso envolve a manipulação de cargas de diferentes tamanhos, pesos e dimensões, muitas vezes em ambientes industriais, portuários ou armazéns.

E o papel na logística vai além, como explica Acácio Pereira de Macêdo Neto, professor universitário de capacitação da área e que segue trabalhando na profissão.

“A importância do operador de empilhadeira reside na sua capacidade de otimizar o fluxo de carga, minimizar danos aos produtos e garantir a segurança de todos os pedestres que desempenham suas funções no local de trabalho. Eles têm um papel fundamental na prevenção de acidentes, pois estão treinados para operar os equipamentos de maneira segura, cumprindo rigorosas normas e os procedimentos internos padronizados de segurança das empresas”.

O interesse pela profissão foi despertado em Neto em 1991, quando iniciou como cadastro no trabalho portuário pelo Sindicato dos Estivadores - herança do pai, Zezé, como era conhecido no Porto de Santos pelos outros companheiros. Ele também foi operador de empilhadeira.

“Minha trajetória contou com um ponto marcante em 1994, quando tive a oportunidade de participar de um concurso promovido pelo Sindicato dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras do Estado de São Paulo (Sindogeesp), graças à indicação de um amigo, também profissional da área. Foram aproximadamente 700 candidatos, dos quais cerca de 400 foram aprovados. E eu era um deles, quando foi formalizado meu ingresso na profissão de operador de empilhadeira”, recorda.

Desafios e futuro

Como em toda atividade, a de operar empilhadeira é outra em que existe uma série de desafios a serem enfrentados. “Eles vão desde aprimorar a segurança no trabalho até se adaptar às mudanças tecnológicas e regulatórias. Superar esses desafios requer um compromisso contínuo com a formação, atualização de habilidades e um foco implacável na segurança e eficiência das operações de movimentação de carga”, explica Neto.

Santos caminha no raciocínio da evolução e da capacitação. “O grande desafio é manter-se atualizado as novidades do mercado, visto que os equipamentos estão adquirindo tecnologias avançadas, forçando o profissional a procurar atualizar seus conhecimentos. Com as atualizações, muitos dos equipamentos passarão a ser operados remotamente, aumentando a segurança para o operador e, em algum momento, a quantidade de equipamentos operados por um único profissional, mas que sempre estará presente no processo”, prevê.

A tecnologia, claro, está diretamente ligada ao futuro da profissão, com conceitos envolvendo realidade aumentada e virtual, integração de dados e Internet das Coisas. “Estas duas últimas desempenham um papel crescente na logística. Sensores e dispositivos conectados fornecem dados em tempo real sobre as operações de movimentação de carga, ajudando os operadores a tomar decisões informadas e otimizar processos”, detalha Neto.

O futuro da profissão de operador de empilhadeira, lembra o professor, será moldado por avanços tecnológicos, preocupações com sustentabilidade e mudanças nas práticas da indústria e dos portos. “Os operadores que se mantiverem atualizados e abertos às novas tecnologias e métodos de trabalho terão boas perspectivas de prosperar nesse campo em constante evolução”, reforça. Junto a isso, Santos acrescenta um outro aspecto: a experiência. E que só o banco, o da empilhadeira, conseguiu trazer.

















Fonte: A Tribuna

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