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“Minha saída é um movimento natural após as eleições”, diz presidente do Porto de Santos

O diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA, a Autoridade Portuária de Santos), Fernando Biral, considerou que sua saída do cargo, determinada pelo Governo Federal nesta sexta-feira, dia 17, é “um movimento natural após as eleições”. Ele foi informado da medida por representantes do Ministério de Portos e Aeroportos durante a reunião extraordinária do Conselho de Administração (Consad) da empresa, realizada pela manhã. Ele deixará a SPA na próxima quarta-feira, dia 22. No dia seguinte, a presidência será assumida interinamente pelo diretor de Administração e Finanças, Marcus Mingoni.


Em entrevista ao BE News, Biral afirmou que encerra “meu ciclo com a convicção de que deixamos um legado importante para o Porto de Santos. Minha saída é um movimento natural após as eleições e torço para que a nova diretoria indicada pelo Ministério possa ter uma excelente gestão”.


O executivo foi contratado para a diretoria da SPA no governo passado, do então presidente Jair Bolsonaro. E desde sua posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem afirmando que irá retirar, do governo, os profissionais admitidos por seu antecessor, independente da qualidade técnica.


Esta é a terceira troca de presidentes de autoridades portuárias controladas pelo Governo Federal nesta semana – a quarta se forem considerados os últimos 25 dias. Mayhara Chaves deixou o comando da Companhia Docas do Ceará no último dia 25 de janeiro. Na última segunda-feira, dia 13, Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira foi exonerado da presidência da Companhia Docas do Rio de Janeiro (PortosRio, nova denominação da CDRJ). E nessa quinta-feira, dia 16, Carlos Autran Amaral foi destituído da direção da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba). Nesses três casos e no de Biral, as alterações foram pontuais. Estão previstas indicações de novas diretorias para todas as companhias docas controladas pela União, mas isso só deve ocorrer após a nomeação dos integrantes do primeiro e do segundo escalão do Ministério. Até agora, apenas o secretário-executivo da pasta, Roberto Gusmão, teve sua indicação aprovada.


Conforme apurou o BE News, a troca dos presidentes é um movimento “político” do Ministério de Portos e Aeroportos, a fim de preparar a troca definitiva das direções das docas.


Fernando Biral foi contratado pela SPA para comandar a Diretoria de Administração e Finanças em abril de 2019, no início do governo do presidente Jair Bolsonaro. Na época, o presidente da companhia era o engenheiro Casemiro Tércio. Quando Tércio deixou a presidência cerca de um ano depois, em maio de 2020, ela passou a ser ocupada por Biral.


O sucessor de Biral, Marcus Mingoni, foi admitido na SPA em maio de 2020. Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, tem MBA Executivo em Finanças.


Segundo orientação do Consad, ele irá cuidar da presidência e de sua diretoria original. E deixará a Diretoria de Desenvolvimento de Negócios e Regulação (Dineg), que vinha acumulando desde o final do ano passado, quando o executivo responsável pela pasta Bruno, Stupello, deixou a companhia. Caberá a Mingoni decidir quem irá responder interinamente pela Dineg.


No final da manhã de ontem, em nota, a SPA confirmou a troca em sua presidência. E destacou que Biral e Mingoni “tem liderado a gestão da SPA nos últimos anos com uma atuação focada no crescimento das operações e no fortalecimento da saúde financeira, resultando em seguidos recordes de movimentação de cargas e de lucros”.

























Fonte: BeNews

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