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Linha ferroviária Itaqui-Santos começa a escoar carga este ano

O primeiro transporte de cargas partindo do Porto do Itaqui, no Maranhão, em direção ao Porto de Santos deverá ocorrer ainda este ano. A rota integra a EF-151 ou Ferroai Norte-Sul, como é conhecida, projetada para ser o principal corredor logístico do País. O anúncio foi feito pelo ministro de Transportes, Renan Filho, durante a apresentação do plano de 100 dias da pasta, na última quarta-feira, em Brasília.

“Vamos fazer uma visita à Ferrovia Norte-Sul e, nos próximos meses, teremos, pela primeira vez, a possibilidade, na história do Brasil, de uma locomotiva sair do Porto de Itaqui para o Port de Santos”, declarou o ministro.

A Ferrovia Norte-Sul cruza o País e funciona como uma espinha dorsal do sistema ferroviário nacional, interligando as principais malhas ferroviárias das cinco regiões do Brasil. O trecho que fica entre Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO), no Corredor Centro-Norte, é operado pela VLI por meio da subconcessionária Ferrovia- Norte-Sul.

Já o trecho que vai de Estrela d’Oeste (SP) a Porto Nacional (TO) está sob concessão da Rumo desde 2019. A empresa venceu o leilão do trecho de 1.537 km, na B3, com outorga de R$ 2,719 bilhões (ágio de 100,92%), em março de 2019 e assinou contrato em julho do mesmo ano. A concessão vale por 30 anos.

PREVISÕES

Em nota, a Rumo informou que a previsão é concluir a última etapa de obras em Porto Nacional no mês de maio. Com isso, a via férrea estará liberada para operar ainda neste semestre. De acordo com a empresa, os serviços no trecho da ferrovia entre Ouro Verde e Rio Verde, em Goiás, estão a pleno vapor, com mais de 850 profissionais envolvidos nas frentes de trabalho e 236 equipamentos em uso para execução dos serviços de terraplanagem e construção da infraestrutura da via.

“Essa é a última etapa de obras executadas pela concessionária na Malha Central (Ferrovia Norte-Sul) e a previsão é que os serviços sejam concluídos em maio. Com isso, a ferrovia estará 100% operacional no trecho de 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela d’Oeste (SP), município que conecta a malha paulista até o Porto de Santos. A expectativa é ampliar a atuação no mercado de grãos, líquidos, fertilizantes e outras cargas no Centro-Oeste e Norte do País”, informou a concessionária.

PERSPECTIVA

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), Angelino Caputo, disse que os terminais portuários de grãos de Santos precisam estar atentos não só com o acesso ao Porto de Itaqui, mas em especial com o acesso à região produtora do Matopiba (Maranhão, Tocantis, Piauí e Bahia).

“Assim, além das alternativas de escoamento da safra por Itaqui ou por Barcarena (o trecho Açailândia-Barcarena ainda não está operacional, porém a construção já está autorizada), passará a existir a alternativa de escoamento por Santos, a ser avaliada pelos donos das cargas no que diz respeito ao tempo de viagem, custos de frete e de operação portuária”.

Caputo observou ainda que os investimentos em infraestrutura ferroviária favorecerão mais o transporte de cargas rumo aos portos da Região Norte do País.

“Na esteira das ferrovias que estão por vir, ainda temos a Ferrogrão, que ligará Sinop (MT) a Miritituba (PA). Assim, o avanço do setor ferroviário tende a fortalecer mais o escoamento da safra pelo chamado Arco Norte do País do que trazer mais cargas para Santos, devido à proximidade dessas regiões produtoras aos portos do norte”, complementou.








Fonte: A Tribuna

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