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Incêndios são a segunda maior causa de sinistros em navios

Incêndios foram a segunda principal causa de perda de navios no ano passado, com oito embarcações totalmente avariadas e mais de 200 incidentes notificados, ficando atrás apenas dos naufrágios, segundo relatório Safety and Shipping Review 2023 da Allianz, linha global do Grupo Allianz para seguros empresariais. O incêndio em navio mais recente acometeu o Fremantle Highway, embarcação de transporte de veículos que pegou fogo na costa holandesa, com milhares de automóveis a bordo, em rota da Alemanha para o Egito. O fogo começou no dia 25 de julho e só foi totalmente extinto ontem (2), segundo autoridades locais. Um tripulante morreu e 22 foram internados depois de pularem do convés para o mar. De acordo com especialistas da empresa de seguros, embora a evolução dos sinistros marítimos tenha diminuído 65% na última década (38 navios em 2022, em comparação com mais de 100 em 2013), os incidentes envolvendo incêndios não acompanharam essa redução. Inclusive, em 2022, de acordo com os dados da companhia, foram registrados mais de 200 incêndios, o número mais alto da última década. O fogo também é a causa mais cara de perdas, representando 18% do valor de 250 mil reclamações analisadas no relatório Safety and Shipping Review 2023. Ainda segundo o levantamento, geralmente, a causa dos incêndios em grandes navios são cargas que tenham combustíveis. Além disso, o tamanho e o design das embarcações tornam a detecção e o combate ao fogo mais difíceis. Uma vez que a tripulação é obrigada a abandonar o navio, a resposta de emergência e as operações de salvamento se tornam mais complexas, aumentando o risco de um sinistro maior ou perda total. Os especialistas explicam que os incêndios precisam ser contidos rapidamente, mas pode levar horas para chegar ao foco do fogo em uma grande embarcação, o que tem se tornado ainda mais difícil devido ao aumento do tamanho dos navios, que duplicaram sua capacidade de transporte nos últimos 20 anos. Por isso, eles reiteram a importância de contar com sistemas de detecção adequados para lidar com esses incidentes no mar. As declarações incorretas de carga também são responsáveis por acidentes. As notificações do setor atribuem cerca de 25% dos incidentes graves a bordo de porta-contêineres a uma declaração incorreta de mercadoria perigosa, como produtos químicos, baterias e carvão vegetal. Embalar e rotular a carga corretamente também impactam o cenário. O estudo explica que rotular uma carga como perigosa é mais caro, portanto, algumas empresas tentam contornar esse procedimento rotulando, por exemplo, fogos de artifício como brinquedos, ou baterias de íons de lítio como peças de computador.














Fonte: BE News

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