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Governo estuda medir grau de satisfação do trabalhador portuário

A Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários está estudando a possibilidade de um novo item para compor o Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (Igap), criado em 2018 para avaliar e premiar a administração das autoridades portuárias.

A informação foi revelada na terça-feira, dia 11, por Fabrizio Pierdomenico, secretário da pasta, durante sua participação no painel “Boas práticas na gestão dos portos delegados para o desenvolvimento econômico da região”, no Fórum Sul Export, promovido pelo grupo Brasil Export, em Curitiba (PR).

Segundo ele, a ideia é acrescentar um “índice de satisfação do trabalhador”, o que poderia auxiliar a Secretaria a analisar como anda o ambiente de trabalho portuário e a opinião dos profissionais que atuam no segmento.

“Ainda há dúvida se substituiremos algum item do Igap ou se acrescentaremos mais um, o 16º, mas a ideia é sabermos como está o ambiente de trabalho nos portos do país. Estamos estudando a forma de fazer isso, com pesquisa de campo, conversas com associações, como a Abeph (Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias)”, explicou Pierdomênico.

Atualmente, o Igap é composto por 15 itens, divididos em quatro grupos: financeiro, operacional, fiscal e transparência.

Para Fabrizio, o instrumento é “muito importante e desmistifica a ideia de que administração pública não tem controle de gestão, não tem governança ou capacidade de evoluir na gestão administrativa e financeira com transparência. O Igap mostra que a gestão, apesar de pública, é eficiente”.

Além do secretário, participaram do painel Cristiano Klinger, presidente da Portos RS (Autoridade Portuária que administra os portos do Rio Grande, de Porto Alegre e Pelotas); Cleverton Vieira, diretor-presidente do Porto de São Francisco do Sul (SC); e Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná (Autoridade Portuária gestora dos portos de Paranaguá e Antonina). A mediação foi feita pelo jornalista e diretor de redação do BE News, Leopoldo Figueiredo.

Ao ser questionado sobre como desenvolver a governança em portos delegados – que são administrados por municípios ou estados – Pierdomenico respondeu que não há diferença entre eles e os portos geridos pelo Governo Federal, destacando que o desafio é o mesmo para ambos os modelos.

“O Igap faz com que os portos briguem pela melhor gestão porque serão premiados. E só pode ter direito à delegação (ou a manter a delegação) quem tem nota 8,5 pra cima”, ressaltou.

Para este ano, a cerimônia de premiação do que o secretário chamou de “o Oscar dos Portos” está prevista para agosto. Uma das mudanças em relação às edições anteriores é a premiação por volume movimentado por tipologia de carga, ou seja, qual porto ou o Terminal de Uso Privado (TUP) movimentou mais carga geral, ou mais grãos, por exemplo.

“Conheceremos o melhor porto do Brasil do ponto de vista de gestão e governança”, disse Pierdomenico.

Os representantes das três autoridades portuárias presentes no painel também reafirmaram a relevância do Igap.

“Olho para o Igap e vejo a estruturação das ações que preciso desdobrar dentro da Autoridade Portuária, em busca de melhorias. Consideramos todos os itens e brigamos internamente por todos eles”, disse Cristiano Klinger, presidente da Portos RS.

Já Cleverton Vieira, diretor-presidente do Porto de São Francisco do Sul, afirmou que os 15 critérios do Igap estão em sua mesa e que ele é um importante instrumento de gestão, inclusive para motivar toda a equipe a manter a delegação do complexo portuário.

Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, afirmou que a Autoridade Portuária desenvolveu ferramentas para melhorar a integração com o Igap, entre elas relatórios de sustentabilidade ambientais anuais e investimentos em novos equipamentos, visando a eficiência portuária e ambiental.
















Fonte: BE News

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