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FIPS inicia concessão no Porto de Santos visando escoamento do agro

Uma solenidade na tarde de terça-feira (3) marcou o início do novo contrato de cessão da malha ferroviária do Porto de Santos, a partir da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), no qual fazem parte a VLI, MRS Logística e a Rumo S/A. Com a nova gestão do modal, o Porto quer dobrar a sua movimentação de cargas pela linha férrea, assim podendo atender a alta demanda do agronegócio a partir do interior do Brasil.


A operação da FIPS em Santos já iniciou no último domingo, mas ontem, a Autoridade Portuária de Santos e a cessionária que representa as três empresas fizeram uma cerimônia com o primeiro vagão, que fez uma parada na Praça da Santa, próximo ao terminal de passageiros (Concais).


Hoje, a movimentação de cargas pelas ferrovias no Porto de Santos bate 50 milhões de toneladas por ano. Com o novo contrato da FIPS, a expectativa é que esse número salte para 120 milhões por ano no prazo de 5 a 10 anos.


“É uma entrega muito positiva e representa um marco histórico para a logística brasileira. Conseguir reunir três empresas que concorriam entre si e encontrou-se um bom termo para a gestão de cargas no Porto de Santos. São esperados R$ 1 bilhão de investimentos, com várias obras, são diversas contrapartidas estabelecidas a partir do contrato, justamente para amenizar o conflito permanente entre a logística e a necessidade das pessoas”, comentou Anderson Pomini, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos.


Ainda segundo Pomini, a nova concessão e as melhorias previstas para o ramal ferroviário tem como um dos principais objetivos o escoamento para o interior do país, uma vez que o modal rodoviário encontra diversos gargalos.


“O modal rodoviário está esgotado, que representa 70% hoje, principalmente utilizado pelos caminhões para escoamento dos nossos produtos. O Porto de Santos funciona muito bem para importação e exportação, nossa dificuldade maior é encontrar soluções de logística para escoar produtos para o Interior do país, e vice-versa. A malha ferroviária se apresenta com essas condições, daí a importância desses investimentos previstos. É preciso que se encontre alternativas para a boa logística, levando em conta o esgotamento do modal rodoviário”, analisou.


Cronograma de obras da será entregue no prazo, diz presidente da FIPS


O presidente da FIPS, João Almeida, afirmou que o cronograma de obras, que estão inclusos no caderno de obrigações a partir da assinatura do contrato, serão entregues à Autoridade Portuária dentro do prazo estabelecido.


“Esse cronograma de obras tem um prazo final até outubro para ser elaborado. Estamos trabalhando nele, e vamos cumprir o prazo e apresentar à Autoridade Portuária. O grande objetivo é dar prioridade para aquelas obras que, de fato, na largada agreguem valor para as operações, de imediato. Preocupação é segurança das pessoas, trazer o valor das operações e começar a pensar nos viadutos que resolvem o conflito rodoferroviário”, analisou.


Almeida explicou que a FIPS fará a apresentação quais das obrigações serão classificadas como prioridades para depois, em conjunto com a APS, sejam enumeradas a organização do cronograma das contrapartidas.


O contrato com a FIPS tem prazo de 35 anos, com a possibilidade de renovação. Nos primeiros cinco anos do vínculo, serão feitos investimentos de R$ 891 milhões.


Entre as principais intervenções, são: Pátio ferroviário entre o canal 4 e a Ponta da Praia, dotado de 3 vias férreas para atendimento aos terminais de celulose; Viadutos para eliminação de passagem de nível na região do canal 4-Marinha; Passarelas de pedestres entre o canal 4 e Ponta da Praia; “Pera” ferroviária, dois viadutos e passarela na região de Outeirinhos e novo viário da 2ª entrada da margem direita do Porto de Santos, no Saboó.


“Acompanhamos com muita proximidade às obras, tendo em vista que essas contrapartidas interferem nas operações portuárias”, comentou Pomini.

De acordo com o presidente da FIPS, a instalação da pêra ferroviária terá início no mês de novembro.


“Vamos iniciar a obra ainda com a Marimex na área. Então, a gente tem que ter muita responsabilidade no início da construção, de maneira que a gente respeite a empresa, que não traga nenhum tipo de impacto negativo na operação”, analisou.









Fonte: BeNews

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