De olho nos congestionamentos de caminhões de carga rumo ao Porto de Santos, que travam as rodovias no períodos de safra de grãos, Cubatão busca alternativas para, ao menos, minimizar problemas - que são regionais.
“É um trabalho em conjunto envolvendo agentes que podem interferir institucionalmente para acabar com o problema. E estamos trabalhando para criar legislações que sejam compatíveis umas com as outras, de modo a orientar a todos”, afirma o secretário de Segurança Pública e Cidadania de Cubatão, Pedro de Sá Filho.
Reunião
Um encontro para discutir o assunto foi realizado na última segunda-feira, na sede do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) da Cidade. Além de integrantes da Prefeitura e do Ciesp, participaram a Autoridade Portuária de Santos (APS), Ecovias, Polícia Militar.
“Cubatão acabou chamando para si essa responsabilidade da discussão, porque a população daqui é impactada seriamente no deslocamento. Quem mora no Jardim Casqueiro fica impedido de circular, assim como outros bairros são prejudicados. A cidade é toda cortada por rodovias”, emenda Pedro de Sá.
O titular da pasta de Segurança Pública e Cidadania sugeriu, como principal ação, a criação de uma faixa livre de trânsito para automóveis, no sentido de atenuar o problema toda vez que houver congestionamentos nas rodovias. “Ela permitirá que veículos de passeio e de emergência continuem circulando”, completa.
Sá Filho também recomendou o uso de drones para melhor monitorar e fiscalizar o tráfego de caminhões. O trabalho seria executado pela Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).
“Para poder identificar os problemas, a Ecovias faria voos de drones no início do congestionamento, antes que ele se espalhe, para saber quais são as causas e a origem, que nem sempre é a mesma, para que possamos atacar o agente promotor”, explica.
Fiscalização
Todos os participantes fizeram ponderações para buscar possíveis soluções, tanto na questão logística portuária quanto nas sinalizações das rodovias e vias de acesso. A Polícia Militar Rodoviária e a Polícia Militar que atua na Cidade se comprometeram a intensificar a fiscalização nas estradas e nos acessos às áreas industrial e portuária.
“A atuação das guardas civis municipais, além da Polícia Rodoviária, em operações conjuntas com as companhias de trânsito e as outras corporações, servirá para melhorar a orientação e a repressão dos veículos”, observa o secretário de Segurança Pública e Cidadania. Dentro desse espírito, ampliar e melhorar a sinalização também é parte importante do processo.
Quanto ao aspecto logístico, a APS informou na reunião que deverá realizar estudos que contribuam para o enfrentamento do problema, identificando os pontos que originam os congestionamentos e provocam os gargalos.
Outras reuniões
Um novo encontro será feito dentro de 20 dias e, na próxima semana, está prevista uma reunião com a Prefeitura de Santos e a APS para diagnosticar problemas causados pela Alemoa Industrial. Tudo é permanentemente comunicado ao Ministério Público.
“Santos tem vários projetos de ampliação tanto de atividade de passageiros quanto de carga. O Porto não pode ficar refém de falta de logística. Estamos buscando achar o melhor jeito de administrar o fluxo para garantir que todos os projetos não sejam impactados”, finaliza Sá Filho.
Fonte: A Tribuna
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